Este estudo teve lugar no contexto do programa de pesquisa noruegueês – angolano “Melhorar o Ambiente de Investigação em Angola através de Desenvolvimento de Capacidades 2019–2024.
Resumo
As eleições gerais realizadas em Angola, a 24 de Agosto de 2022, foram, em geral, esperadas como as mais competitivas da era pós-guerra no país. Essa expectativa manteve-se verdadeira, embora os resultados oficiais, por uma margem historicamente escassa, tenham permitido que o presidente em exercício e o seu partido permanecessem no poder. Este Relatório tenta avaliar o processo eleitoral, à luz dos padrões comuns internacionais de eleições “livres e justas”, casos de alegadas fraudes eleitorais e uma discussão sobre se as eleições conduziram Angola para uma direcção mais democrática. O cepticismo anterior sobre a vontade do partido no poder de, em qualquer circunstância, aceitar a derrota e desistir do poder foi, claramente, confirmado. Embora tenhamos encontrado graves falhas na forma como o processo foi conduzido e, por isso, também tenhamos dúvidas sobre a justeza do resultado eleitoral e a legitimidade do presidente reeleito, o estudo proporcionou uma importante oportunidade para avaliar aspectos críticos do sistema político angolano.
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